Playdownload – Play http://play.blogfolha.uol.com.br a cultura que habita o meio digital Sat, 12 Mar 2016 16:06:32 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Streaming virou a esperança da indústria da música http://play.blogfolha.uol.com.br/2016/01/08/se-voce-compra-musica-digital-voce-e-uma-especie-em-extincao/ http://play.blogfolha.uol.com.br/2016/01/08/se-voce-compra-musica-digital-voce-e-uma-especie-em-extincao/#respond Fri, 08 Jan 2016 17:50:00 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15308311.jpeg http://play.blogfolha.uol.com.br/?p=90 O mundo digital obriga o mundo da música a acompanhar o seu ritmo. Há cerca de não mais do que 10, 12 anos, o download pago de discos e canções era considerado pelos executivos de gravadora como o modelo que iria salvar a combalida indústria fonográfica. Hoje esse cenário é bem diferente.

Primeiro, aos fatos. O número de downloads pagos de faixas caiu 12,5% de 2014 para 2015, com 964,8 milhões de unidades (primeira vez desde 2007 que esse número fica abaixo do 1 bilhão). Essa curva está decrescente desde 2012.

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Já as vendas de discos inteiros caíram menos em relação ao ano anterior, 2,9%, com 103,3 milhões. Esses dados foram compilados pela Nielsen, no mercado norte-americano (não há dados confiáveis referentes ao Brasil).

Se o download pago vem caindo, o streaming aparece como a nova esperança para a indústria. Em 2015, 317,2 bilhões de streaming foram feitos em serviços como Spotify, Deezer, Apple Music, Tidal, entre outros. Esse número é praticamente o dobro do de 2014, 164,5 bilhões.

Segundo, às previsões. Com base nos dados históricos da Nielsen, o site Digital Music News estimou o número de vendas de downloads para os próximos anos. O resultado aponta para baixo. Em 2021, esse mercado deve cair 93% (veja abaixo).

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Entende-se essa alteração do modelo de consumo de música. O streaming é muito mais prático e mais barato do que o download pago. A única vantagem do download, a de você “ter” a música, não chega a ser tão atraente em um mundo em que o acesso à rede é vasto e quando os serviços de streaming deixam o usuário selecionar faixas para ouvir offline. Esse comportamento está inserido dentro do que muito especialistas chamam de “sharing economy” – hoje, vale mais a pena compartilhar do que possuir.

Dois dados curiosos:

o disco mais vendido de 2015 foi “25”, da onipresente Adele, com 7,4 milhões de cópias (quase o dobro do que vendeu “1989”, de Taylor Swift, em 2014, e o número mais alto para um disco desde 2004);

– as vendas de vinil continuam modestas, mas em curva ascendente. Em 2015, foram vendidas 11,92 milhões de unidades de vinil (30% maior do que em 2014). O vinil mais vendido foi “25”, com 116 mil cópias.

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